domingo, 29 de março de 2009

Maria provavelmente teve outros filhos além de Jesus, dizem historiadores

por Globo.com

Evangelhos mencionam quatro irmãos e ao menos duas irmãs de Cristo.
Interpretação de que eles seriam só primos prevaleceu no Ocidente.

A Virgem e o Menino Jesus, em arte grega ortodoxa do século XVI (Foto: Reprodução)

A lista "Tiago, José, Judas e Simão" lhe diz alguma coisa? Uma dica: não são nomes de apóstolos. Na verdade, de acordo com o Evangelho de Marcos, estes seriam os irmãos de Jesus, que são citados ao lado de pelo menos duas irmãs de Cristo (cujos nomes não aparecem). Os católicos e ortodoxos normalmente interpretam o trecho como uma referência a primos ou parentes mais distantes do mestre de Nazaré, mas o mais provável é que essa visão seja incorreta. A maior parte dos (poucos) indícios históricos indica que Maria e José realmente tiveram filhos depois do nascimento de Jesus.

É claro que, sem nenhum acesso a registros familiares contemporâneos ou evidências arqueológicas diretas, a conclusão só pode envolver probabilidades, e não certezas. "Se a busca do 'Jesus histórico' já é difícil, a pesquisa dos 'parentes históricos de Jesus' é quase impossível", escreve o padre e historiador americano John P. Meier no primeiro volume de "Um Judeu Marginal", série de livros (ainda não terminada) sobre Jesus como figura histórica.

Meier explica que, ao longo da tradição cristã, teólogos e comentaristas do texto bíblico se dividiram basicamente entre duas posições, batizadas com expressões em latim. A primeira é a chamada "virginitas ante partum" (virgindade antes do parto), segundo o qual Maria permaneceu virgem até o nascimento de Jesus, tendo filhos biológicos com seu marido José mais tarde. A segunda, "virginitas post partum" (virgindade após o parto), postula que Maria não teve outros filhos e até que seu estado de virgem teria sido milagrosamente restaurado após o único parto.


A "virginitas post partum" foi, durante muito tempo, a posição defendida por quase todos os cristãos, diz o historiador -- até pelos protestantes, que hoje não se apegam a esse dogma. "Um fato surpreendente, e que muitos católicos e protestantes hoje em dia desconhecem, é que as grandes figuras da Reforma, como Martinho Lutero e Calvino, defendiam a virgindade perpétua de Maria", escreve ele. Já especialistas católicos modernos, como o alemão Rudolf Pesch, defendem que Maria provavelmente teve outros filhos sem que isso tenha levado a reprimendas diretas do Vaticano.

Jerônimo

Diante das menções claras aos "irmãos e irmãs de Jesus" nos Evangelhos (que inclusive se mostram contrários à pregação dele, chegando mesmo a considerá-lo louco), como a interpretação da "virginitas post partum" prevaleceu?

"Houve três formas de interpretar esses textos", afirma o americano Thomas Sheehan, estudioso do cristianismo primitivo e professor da Universidade Stanford. "Além de considerar essas pessoas como irmãos biológicos de Jesus, sabemos da posição de Epifânio, bispo do século IV para quem os irmãos eram de um casamento anterior de José. Mas a opinião que prevaleceu foi a de Jerônimo, que era um excelente filólogo [especialista no estudo comparativo de idiomas] e viveu na mesma época. Jerônimo dizia que a palavra grega 'adelphos', que nós traduzimos como 'irmão', era só uma versão de um termo aramaico que pode ter um significado mais amplo e que pode querer dizer, por exemplo, primo."

Foto: Reprodução

O 'ossuário de Tiago', que teria abrigado os restos do mais famoso irmão de Jesus, é considerado uma fraude pela maioria dos especialistas (Foto: Reprodução)

Jerônimo tinha razão num ponto: quando o Antigo Testamento foi traduzido do hebraico para o grego, a palavra "adelphos" realmente foi usada para representar o termo genérico "irmão" (empregado para parentes mais distantes no original). De fato, o hebraico, bem como o aramaico (língua falada pelos judeus do tempo de Jesus na terra de Israel), não tem uma palavra para "primo". O problema é que há um único caso comprovado de que a palavra hebraica "irmão" tenha tido o significado real de "primo". Essa única ocorrência está no Primeiro Livro das Crônicas -- e mesmo assim o contexto deixa claro que as pessoas em questão não são irmãs, mas primas.

No entanto, o caso do Novo Testamento é diferente, argumenta Meier: não se trata de "grego de tradução", mas de textos originalmente escritos em grego, nos quais não havia motivo para usar um termo que poderia gerar confusão. O próprio Paulo, autor de várias cartas do Novo Testamento, chama Tiago, chefe da comunidade cristã de Jerusalém após a morte de Jesus, de "irmão do Senhor", ao escrever para fiéis de origem não-judaica (ou seja, que não sabiam hebraico ou aramaico). De quebra, a Carta aos Colossenses, atribuída a Paulo, usa até o termo grego "anepsios", que quer dizer "primo" de forma precisa.

Reforçando esse argumento, o escritor judeu Flávio Josefo, ao relatar em grego a morte de Tiago, também o chama de "irmão de Jesus". E o contexto dos Evangelhos reforça a impressão de que se tratam de irmãos de sangue, argumenta Meier. Os irmãos e a mãe de Jesus são sempre citados em conjunto. Quando Maria e os parentes de Jesus tentam interromper uma pregação, ele chega a pronunciar a polêmica frase "Qualquer um que fizer a vontade do meu Pai celestial é meu irmão, minha irmã e minha mãe". Para Meier, a frase perderia muito de sua força se o significado real dela se referisse a "meu primo, minha prima e minha mãe".

Para Geza Vermes, professor de estudos judaicos da Universidade de Oxford (Reino Unido), as próprias narrativas sobre o nascimento de Jesus dão apoio a tese de que Maria e José tiveram outros filhos mais tarde. No Evangelho de Mateus, afirma-se que José não "conheceu" (eufemismo para ter relações sexuais com alguém) sua mulher até que Jesus nascesse. Ainda de acordo com Vermes, em seu livro "Natividade", é importante notar o uso do verbo grego "synerchesthai", ou "coabitar", para falar da relação entre José e Maria. O verbo, quando empregado pelos autores do Novo Testamento, implica sempre relações sexuais entre homem e mulher, diz ele.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Religião Assíria

Ensejo das religiões

Desde os primórdios das civilizações, o homem, intuitivamente, traz consigo a idéia de algo superior a ele. No início causavam-lhe temor e admiração os fenômenos da natureza, como raios e trovões, eclipses, tempestades e os elementos naturais como água, sol, lua, terra e posteriormente pelo fogo. Achados de mais de 80.000 anos demonstram que o ser humano já praticava algum ritual religioso. Esqueletos deitados e com os joelhos dobrados, recobertos de pó vermelho alaranjado, indicam claramente que tratava-se de uma cova funerária em que se havia praticado um ritual de exéquias. A partir do fim da pré-história, o homem começou a agrupar-se em torno de uma idéia religiosa, tendo em comum a adoração por vários deuses (politeísmo). No decorrer dos tempos, o homem foi incorporando aos objetos de adoração inicial, divindades cada vez mais semelhantes ao ser humano centradas em figuras de criaturas que ainda viviam entre eles e que exerciam alguma forma de poder, ou figuras que já tinham vivido, como reis, rainhas etc. A imaginação popular da época, se encarregava de emprestar a esses seres, qualidades que eles não possuíam, moldando neles a imagem de um deus todo poderoso.

A história das civilizações nos informa que aos poucos os povos foram se agrupando de forma mais organizada e incorporando em sua cultura esse aspecto religioso que marcou quase todas as grandes civilizações deste planeta.

As primeiras civilizações de que temos conhecimento até hoje são as orientais (4 a 2 mil anos a.C.). Primeiramente os sumérios, acadianos, babilônios, assírios e egípcios (4 mil a 2 mil a.C.), e depois deles os fenícios, chineses, hindus, hititas, persas e medos (2.000 a.C a 300 a.C.), todos eram politeístas, com variações em suas divindades. As civilizações ocidentais: a cretense, a grega e a romana ( 1.500 a.C. a 300 d.C.) são mais novas e também tiveram o politeísmo como fator determinante em suas religiões. De todos esses povos, os assírios foram os primeiros a desviarem a rota do politeismo para o henoteismo (monolatria) que era a crença em duas ou mais divindades porém a adoração de uma só divindade, que era Assur. Depois foram seguidos pelos egípcios (deus Aton), fenícios (deus Baal) e finalmente pelos hebreus que provinham do Egito e perambulavam pela Fenícia e Canaã.

Religião implica na crença em seres considerados sobrenaturais, criadores do Universo. Os povos da Mesopotâmia, os sumérios, os assírios e os babilônios acreditavam que a finalidade desses serres era orientar moralmente o homem através dos ensinamentos da espiritualidade, levando-o à imortalidade .

A crença na existência da alma, de uma vida além da morte física e de leis morais que são fundamentos de todas as coisas tornaram-se a base da religião dos assírios e babilônios . Tais princípios emanariam do deus supremo, início de tudo, Assur e deveriam ser levados a todas as regiões do planeta; por esse motivo, eles tinham o dever de conquistar todas as nações e lhes "impor" esse conhecimento. Assim procederam até o desgaste de sua vitalidade como governo e acabaram por serem dominados por outros povos. Daí por diante, passaram à prática de zelar por sua fé de maneira pacífica até a chegada do Cristianismo através dos apóstolos e discípulos de Jesus de Nazaré.

Cristianismo

Iniciada por Jesus Cristo e seus discípulos, na primeira metade do século I; dentro da tradição assíria, foi Abgar, rei de um pequeno reinado assírio, o reinado de Urhoi (conhecido como Osrehene pelos romanos, atualmente Urfa na Turquia), que em 32 ou 33 d.C., ouvira falar de Jesus, enviou um missivista para convidá-lo a seu reinado, e quando do retorno do missivista, foi então convertido todo o povo de seu reino à nova fé. Depois, a capital da província Síria, Antioquia, aceitou a pregação cristã e lá foi fundada e organizada a primeira Igreja Cristã. De lá emanaram muitas pregações, tanto para oriente como para ocidente, transformando o cristianismo numa das religiões mais difundidas no mundo, com algo em torno de 1,9 bilhão de fiéis. O cristianismo entre os assírios compõe-se basicamente de duas grandes divisões que surgiram a partir do Concílio de Éfeso : Igreja Siríaca Ortodoxa de Antioquia e Igreja Assíria do Oriente. No século XVII, surge a partir da Igreja Assíria do Oriente a Igreja Caldéia, ligada à Igreja Romana e no início do século XIX, surge a partir da Igreja Ortodoxa de Antioquia, uma pequena Igreja Siríaca Católica Romana e no último século surgiram diversas denominações do protestantismo americano.


Mandeus

Além do cristianismo apostólico, existe uma pequena comunidade assíria gnóstica conhecida como Mandeus (madôie em aramaico) que aceitam o batismo de São João Batista porém não os ensinamentos de Jesus Cristo.

Não Cristãos

Basicamente, os assírios não cristãos dividem-se em dois grupos: os maometanos que aceitaram os ensinamentos de Maomé, profeta dos árabes e os Yezidis que formaram um sincretismo entre o zoroastrismo persa e parte das crenças antigas dos assírios, em especial o mito do "rei pavão" (malec tauss=malco táusso). Ambos grupos assimilaram a língua e a cultura árabe e acabaram por perder a sua identidade assíria.

Escrita Assíria

Escrita

A escrita dos assírios constituía-se de pequenas cunhas feitas com estilete em tabuletas de argila - é chamada de escrita cuneiforme. Descobriram-se milhares de tabuletas na biblioteca de Assurbanipal em Nínive, conhecendo-se grande parte da história do Império Assírio a partir da leitura.

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Um dos primeiros sistemas de escrita foi a cuneiforme, dos babilonios e assírios, sistema que deve ter originado da Suméria: consta de 600 caracteres, cada um dos quais representa palavras ou sílabas escritas em tábuas de argila ou pedra. Deve-se às transcrições dessa forma de escrita o que hoje conhecemos do povo Assírio.

O aramaico

Era a língua falada pelos povos ao Norte e Nordeste de Canaã, da Síria até o Alto Eufrates. O aramaico é um idioma semítico falado desde 2000 a.c em Arã e Síria. A influência do aramaico foi profunda sobre o hebraico, começando no cativeiro do reino de Ysrael em 722 a.c, na Assíria e continuando através do cativeiro do reino de Judá em 587 a.c, na Babilônia. No ano 536 a.c, quando Yisrael começou a regressar do exílio, falava o aramaico como língua vernácula. E é por essa razão que no tempo de Esdras, as escrituras ao serem lidas em hebraico, era preciso que o seu significado fosse explicado. (Neemias 8:5,8).


Com o tempo o aramaico tornou-se a língua popular dos judeus e nações vizinhas; estas foram influenciadas pelo aramaico devido às transações comerciais dos Arameus na Ásia Menor e Litoral do Mediterrâneo. Em 1000 a.c o aramaico já era a língua internacional do comércio nas regiões situadas ao longo das rotas comerciais do Oriente. O aramaico é também chamado de "Siríaco" (Daniel 2:4; Esdras 4:7 e também "Caldaico" (Daniel 1:4).

O aramaico tinha também o mesmo alfabeto que o hebraico, apenas diferia nos sons estruturais de certas partes gramaticais. Como o aramaico não tinha vogais, era muito parecido com o hebraico.

Lista de Reis Assírios

1. Tudiya #? a.c

2. Adamu #? a.c

3. Yangi #? a.c

4. Kitlamu #? a.c

5. Harharu #? a.c

6. Mandaru #? a.c

7. Imsu #? a.c

8. Harsu #? a.c

9. Didanu #? a.c

10. Hanu #? a.c

11. Zunbu #? a.c

12. Nuabu #? a.c

13. Abazu #? a.c

14. Belu #? a.c

15. Azarah #? a.c

16. Ušpiya #? a.c

17. Apiašal #? a.c

18. Hale #? a.c

19. Samanu #? a.c

20. Hayani #? a.c

21. Ilu-mer #? a.c

22. Yakmesi #? a.c

23. Yakmeni #? a.c

24. Yazkur-ilu #? a.c

25. Ilu-kabkabi #? a.c

26. Aminum 2060 a.c

27. Sulilu 2040 a.c

28. Kikkiya2020 a.c

29. Akiya 2000 a.c

30. Puzur-Aššur I 1980 a.c

31. Šaliamahu 1960 a.c

32. Ilu-šumma 1940 a.c

33. Erišum I 1920 a.c

34. Ikunum 1900 a.c

35. Šarru-kin I 1880 a.c

36. Puzur-Aššur II 1860 a.c

37. Naram-Sin 1840 a.c

38. Erišum II 1819 a.c

39. Šamši-Adad I 1814-1782 a.c

40. Išme-Dagan I 1782-1742 a.c

41. Aššur-dugul 1741-1735 a.c

42. Aššur-apla-idi 1735 a.c

43. Nasir-Sin 1734 a.c

44. Sin-namir 1734 a.c

45. Ibqi-Ištar 1733 a.c

46. Adad-salulu 1733 a.c

47. Adasi 1732 a.c

48. Bel-bani 1732-1722 a.c

49. Libaya 1722-1705 a.c

50. Šarma-išku I 1705-1693 a.c

51. Ib-tar-Sin 1693-1681 a.c

52. Bazaya 1681-1653 a.c

53. Lullaya 1653-1647 a.c

54. Kidin-Ninua 1646-1632 a.c

55. Šarma-iškur II 1632-1629 a.c

56. Erišum III 1629-1616 a.c

57. Šamši-Adad II 1616-1610 a.c

58. Išme-Dagan II 1610-1594 a.c

59. Šamši-Adad III 1594-1578 a.c

60. Aššur-nirari I 1578-1552 a.c

61. Puzur-Aššur III 1552-1528 a.c

62. Enlil-nasir I 1528-1515 a.c

63. Nur-ili 1515-1503 a.c

64. Aššur-šaduni 1502 a.c

65. Aššur-rabi 1502-1465 a.c (?)

66. Aššur-nadin-ahhe I 1465-1431 (?) a.c

67. Enlil-nasir II 1430-1425 a.c

68. Aššur-nirari II 1424-1418 a.c

69. Aššur-bel-nišešu 1417-1409 a.c

70. Aššur-rim-nišešu 1408-1401 a.c

71. Aššur-nadin-ahhe II 1400-1391 a.c

72. Eriba-Adad I 1390-1364 a.c

73. Aššur-uballit I 1363-1328 a.c

74. Enlil-nirari 1327-1318 a.c

75. Arik-den-ili 1317-1306 a.c

76. Adad-nirari I 1305-1274 a.c

77. Šalmaneser I 1273-1244 a.c

78. Tukulti-Ninurta I 1243-1207 a.c

79. Aššur-nadin-apli 1206-1203 a.c

80. Aššur-nirari III 1202-1197 a.c

81. Enlil-kudurri-usur 1196-1192 a.c

82. Ninurta-apil-Ekur 1191-1179 a.c

83. Aššur-dan I 1178-1133 a.c

84. Aššur-reš-iši 1132-1115 a.c

85. Ninurta-tukulti-Aššur 1115 a.c

86. Mutakkil-Nusku 1115 a.c

87. Tukulti-apil-Ešara I 1114 -1076 a.c

88. Ašred-apil-Ekur 1075-1074 a.c

89. Aššur-bel-kala 1073-1056 a.c

90. Eriba-Adad II 1055-1054 a.c

91. Šamši-Adad IV 1053-1050 a.c

92. Aššur-nasir-apli I 1049-1031 a.c

93. Šulmanu-ašared II 1030-1019 a.c

94. Aššur-nirari IV 1018-1013 a.c

95. Aššur-rabi II 1012-972 a.c

96. Aššur-reš-iši II 971-967 a.c

97. Tukulti-apil-Ešarra II 966-935 a.c

98. Aššur-dan II 934-912 a.c

99. Adad-nirari II 911-891 a.c

100. Tukulti-Ninurta II 890-884 a.c

101. Aššur-nasir-apli II 883-859 a.c

  • Capital de Aššur para Kalhu

102. Šalmau-ašred III 858-824 a.c

103. Šamši-Adad V 823-811 a.c

104. Sammuramat (Semiramis) 811-806 a.c

105. Adad-nirari III 806-783 a.c

106. Šulmanu-ašred IV 782-773 a.c

107. Aššur-dan III 772-755 a.c

108. Aššur-nirari V 754-745 a.c

109. Tukulti-apil-Ešara III (Tiglath-Pileser) 744-727 a.c

110. Šulmanu-ašared V (Shalmaneser) 726-722 a.c

111. Šarru-kin (Sargon II)

  • Constrói Dur-Šarru-kin como capital 721-705 a.c

112. Sin-ahheriba (Sennacherib)

  • Faz de Nínive a nova capital 704-681 a.c

113. Esarhaddon 680-669 a.c

114. Aššur-ban-apli (Aššurbanipal) 668-627 a.c

115. Aššur-etelli-ilani 627-624 a.c

116. Sin-šum-lišir 623 a.c

117. Sin-šar-iškun 623-612 a.c

  • Nínive destruída pelos Babilônicos e medéios em 612 a.c

118. Aššur-uballit II 612-609 a.c

  • Último rei assírio, foge para Harran e tenta recuperar o trono à distância.
  • Última evidência dele é de 609 a.c.
fonte: www.syriac-br.org

Assíria

Situação Geográfica

A Assíria (também designada por Ashur, Ashshur ou Assur), antigo país da Ásia, estendia-se para Sul, a partir da fronteira do atual Iraque, abarcando o vale do Tigre e do seu afluente, o Grande Zab, constituindo uma área semelhante a um triângulo invertido. As suas mais importantes cidades, situadas no Iraque dos nossos dias, eram Ashur (hoje Sharqat), Nínive (hoje Kuyunjik), Calah (hoje Nimrud) e Dur Sharrukin (hoje Khorsabad).


Origens

Desde o Paleolítico que a região que mais tarde viria a constituir a Assíria foi habitada. A sedentarização das populações ter-se-á iniciado cerca de 6500 a.C. e a composição étnica das primeiras comunidades de agricultores é desconhecida - talvez um povo (posteriormente conhecido como Subariano) que falava uma língua aglutinativa (não flexionável). Provavelmente no 3º milênio a.C., nômades semíticos conquistaram a região e deram origem a uma língua flexionável, parecida com a da Babilônia, que era a dominante na região. A escrita assíria era uma versão ligeiramente modificada da cuneiforme babilônica.

No 7º milênio a.C., os agricultores assírios cultivavam trigo e cevada, possuíam gado, construíam casas (algumas com quatro divisões), usavam fornos e guardavam os cereais em vasilhas de barro. Estes povos agrícolas produziam têxteis com rocas de fiar, faziam facas de obsidiana e sílex córneo; usavam machados de pedra, enxós e sacolas. A sua cerâmica era notável, a maioria constituída por barro cozido e pintado. A obsidiana e outras pedras duras eram trabalhadas de modo a originar jarras, contas, amuletos e selos. Modelavam figuras femininas em barro, com fins religiosos e rituais. Os mortos eram freqüentemente enterrados em posição flexionada, com os joelhos junto ao queixo e enterrados entre as casas.

Cultura e Costumes

A cultura assíria se destacava em sua literatura e os reis assírios cultos, sobretudo Assurbanipal, encheram as suas bibliotecas com cópias de documentos literários. A vida social, familiar, o casamentos, os costumes e as leis relativas à propriedade eram igualmente semelhantes às da Babilônia. Os documentos da Corte e registros legais até agora encontrados partilham muito da lei babilônia e Suméria, embora as penalidades criminais assírias fossem mais brutais e bárbaras.

A nível de práticas e crenças religiosas, verifica-se que o deus Marduk babilônico foi substituído pelo deus assírio nacional, Ashur. Os maiores legados assírios situam-se no campo da arte e da arquitetura.

No 3º milênio a.C. a Assíria, tal como a maior parte do Médio Oriente, ficou sob a influência da civilização Suméria, do Sul - por volta de 2300 a.C., fazia parte do império da Suméria e da Acádia. Na seqüência do colapso deste império, cerca de 2000 a.C., os Amoritas (um povo nômade semítico, do deserto arábico) infiltraram-se e conquistaram grande parte da Mesopotâmia, incluindo a Assíria. Cerca de 1850 a.C., os mercadores assírios tinham colonizado partes da Anatólia Central (Ásia Menor), onde comerciavam cobre, prata, ouro, latão e têxteis.

As culturas primitivas utilizavam-se, portanto, dos produtos disponíveis à sua volta e inventaram utensílios, técnicas de exploração e tecnologias de construção para poder utilizá-los em suas edificações. Seu legado serviu de base para o desenvolvimento dos métodos industriais modernos.

Um dos fatores que mais influenciou a arquitetura ao longo da história foi o desejo de ostentação: edifícios que fossem o orgulho de um povo, que refletissem o status pessoal ou coletivo, ou palácios para reis e imperadores, construídos como símbolos de seu poder. Em geral, as classes previlegiadas sempre foram mecenas de arquitetos, artistas e artesãos, e seus projetos se converteram, algumas vezes, no melhor legado artístico de sua época.

Em 1.000 a.C., a arquitetura atingiu grande esplendor entre os assírios: usavam largos pórticos sustentados por colunas de madeira, com bases ricamente ornamentadas, a cujos lados colocavam pesadas esculturas de animais. Os babilônios, que depois dos assírios dominaram a Mesopotâmia, conservaram os elementos assírios, do mesmo modo que os persas.

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Decoração Mural Assíria

Móveis de estilo assírio


Indumentárias

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Indumentária Assíria

Durante os períodos Neo-Sumério e Velho Babilônico (1900 – 1595 a.C.), os estilos de roupas masculinos e femininos permaneceram o mesmo, com variações menores. Homens continuaram a vestir túnicas, mas as extremidades e as bainhas dos seus trajes se tornaram mais elaborados. Os desenhos (padrões) das túnicas eram às vezes impressos em contratos, ao invés de em um selo (brasão). De aproximadamente 1400 antes da a.C. em diante, ambos homens e mulheres Assírios vestiam grampos ornados com franjas de pano envoltas no corpo e mantidas no lugar por um cinto, com a extremidade longa, com franjas caindo por entre as pernas. Kilts também eram usados, às vezes por baixo das túnicas.

Mas até o final do primeiro milênio a.C., a moda mudou. A Assíria nos fornece duas fontes de informações sobre o vestuário, sendo que a maior fonte vem de objetos artísticos como esculturas, altos relevos, placas, marfins entalhados, e brasões (selos) cilíndricos. Textos do léxico também contém muitas palavras relativas ao vestuário catalogadas, e listam muitas características dos tecidos, de materiais baratos para os servos aos usados pela realeza.

Homens vestiam uma túnica ou várias túnicas combinadas: esses trajes tinham manga-curta e eram presos por um cinturão na cintura, e os cobriam do pescoço aos joelhos. Às vezes a parte superior da túnica possuía tiras colocadas diagonalmente por cada ombro, cruzando o peito. Pessoas de um nível social melhor, tais como oficiais e militares, adicionaram uma capa à sua vestimenta. Na realidade, as ordens do harém real declaravam que se um cortesão fosse negligente, ele seria despido de sua capa – um claro símbolo de status. A capa era geralmente feita de lã, e as vezes de linho, em azul, vermelho, púrpura e branco. Havia um ornamento por cima, além da capa, que não tinha cavas para os braços e era colocado sobre o pescoço.

Os Assírios geralmente andavam descalços, mesmo quando iam à guerra. Quando eles calçavam algo, geralmente usavam sandalhas com salto triangular e tiras passando por sobre o pé e ao redor do dedão. De vez em quando calçados mais elaborados eram descritos, como botas longas (usadas por guerreiros e caçadores) ou sapatos que cobriam o pé inteiro. Sabe-se menos sobre calçados femininos, apesar da rainha de Assurbanipal ter sido mostrada calçando um tipo de chinelo, cobrindo a metade da frente do pé.

Prisioneiros de guerra geralmente ficavam nus. Os Assírios despiam grupos inteiros da população durante campanhas. Um texto descreveu uma população conquistada como tão empobrecida, que vestiam roupas feitas de papiro, o equivalente ao papel na antiguidade.

Com a queda da Babilônia para o rei Persa Cyrus (539 antes de Cristo), as pessoas da Ásia ocidental vestiam a moda de seus conquistadores – um vestuário tradicional baseada nas calças.

Os registros arqueológicos do segundo milênio antes de Cristo forneceram alguns exemplos de uso de pedras preciosas. Três tumbas reais foram achadas no Palácio Noroeste, construído por Assurmasirpal II (883-859 a.C.).

Na Assíria, ambos homens e mulheres usavam jóias, como brincos, amuletos, selos cilíndricos e braceletes. Os antigos, como as pessoas hoje em dia, deixavam suas jóias através das gerações. Mulheres usavam braceletes nos tornozelos, uma prática ainda existente entre as camponesas no Iraque.

Sabe-se pouco sobre as jóias da Neo-Babilônia, apesar dos textos se referirem aos joalheiros e ourives ligados ao templo Eanna em Uruk, e a casa de um confeccionador de enfeites de contas foi descoberta na Babilônia.

Jóias, incluindo brincos, contas, pingentes, braceletes e tornozeleiras, foram achadas em casas particulares, junto de cosméticos, como potes de ungüentos para o corpo e cabelos, conchas de mexilhão contendo kohl (tipo de cosmético usado por mulheres no oriente – sombra de olho azul), escovas feitas de madeira e marfim, e pinças e espelhos de cobre e prata e até mesmo ouro. Os efeitos de bronze altamente polido, o que condicionava reflexos na sua superfície.

Perfumes e Cosméticos

A evidência de cosméticos é fraca. Mulheres usavam cosméticos para os olhos e para aspecto geral do rosto. Pigmentos branco, vermelho, amarelo, azul, verde e preto foram achados em conchas de mariscos nas tumbas do Cemitério Real de Ur. Alguns textos se referem aos cosméticos, mas esses textos são muito difíceis de ser interpretados. Uma lenda do segundo milênio sobre a Grande Deusa Suméria Inanna (mais tarde chamada de Ishtar) descrevia as Suas preparações para a descida ao Mundo dos Mortos. "Ela pintou seus olhos com uma pintura chamada "Deixe ele vir, deixe ele gozar". É claro, maquilagem para os olhos era considerado sensual, e um bom marketing era importante mesmo nos tempos antigos. A base dos cosméticos para olhos era a pomada de antimônio, que era aplicada com um pino de marfim entalhado. Rouge foi mencionado em uma lista de sinônimos: em Sumério, era traduzido como "pasta de ouro", e em Acádio como "pigmento vermelho para o rosto".

Substâncias aromáticas se tornaram a principal indústria na Mesopotâmia; elas eram usadas para medicina, rituais e cosméticos. As mulheres tinham uma função principal na manufatura dos perfumes. Plantas aromáticas eram empapadas e fervidas na água, em fogo brando, por vários dias, colocadas em óleo (azeite) e então escumada.

fonte: www.syriac-br.org

segunda-feira, 16 de março de 2009

Rara Inscrição Mágica em Crânio Humano

By Dan Levene Por Nyudraá
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Não há muito tempo, o bem conhecido colecionador Shlomo Moussaieff adquiriu duas tigelas de faiança, as extremidades das quais foram abertas para formar uma espécie de vaso, no interior deste caso foi um antigo crânio humano. Um encantamento mágico, escrito em aramaico, foi inscrito no crânio.

BAR leitores já sabem sobre as mais de duas mil tigelas de encantamento de magia que sobreviveram do 3º ao 7º sec A.C, em comunidades judaicas na Babilônia. O encantamento nas tigelas foram feitas ao mesmo tempo e nas próprias comunidades que produziram o mais intricado, complexo e a mais venerada realização do judaismo rabínico, o Talmud babilônico. Embora alguns tenham considerado a literatura de encantamentos ser inconsistente com o espírito do Talmude, investigações recentes têm demonstrado que fosse, sim, complementares e representante dos aspectos da vida refletida dentro do Talmud. 1

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A verdade é que a crença em demônios foi generalizada neste momento entre os judeus, bem como de outros povos. As tigelas com encantamentos são conhecidas não só das comunidades judaicas, mas de outras comunidades também. As versões judaicas são escritas em que é vulgarmente conhecido como judeu aramaico.

Para combater demônios, que causam problemas médicos, bem como de outros acidentes e males, várias pessoas invocavam os ritos e fórmulas mágicas. Os ritos mágicos poderiam também servir como um encantamento para o amor charme. Sua desejada teria certamente uma queda de amor por você, se um bom encantamento fosse invocado. O inverso também é verdadeiro. Para trazer desastres ao inimigo pessoal, você deve invocar uma texto de praguejamento. Estas muitas vezes estranha e misticismo encantamentos foram inscritos na exiguidade geralmente escrito em uma espiral sobre o interior do tigelas.
Nem todos os textos foram de escritos com encantamento mágico em tigelas. Às vezes, eles eram escritos em pergaminhos, estanho, chumbo, cobre, prata e até ouro. Às vezes nós encontramos ainda mais materiais exóticos, como ovos. Agora, a partir da recolha Moussaieff vem uma escrita sobre um crânio. 2
Parece que só quatro outros crânios com textos de encantamentos vieram à luz e uma luz fraca.3 Nenhuma delas foi escavada profissionalmente. Todos simplesmente sobre a superfície antiguidades mercado.
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E todos, mas os crânios de Moussaieff foram conhecidos desde o início do século 20. O grande estudioso aramaico James A. Montgomery, da Universidade da Pensilvânia, em um estudo da university’s museum collection, sobre o qual ele escreveu em 1913. 4 Quando ele examinou todos os crânios estava lá e bem conservados, embora em um estado destroçado . Montgomery relatou duas inscrições no crânio. Infelizmente, o texto não era muito claro, e ele fez apenas alguns comentários sobre o texto. Ainda mais lamentável, o crânio não parece ter sido bem cuidados desde o tempo Montgomery. Dentre as 17 peças restantes do crânio que examinou, na Filadélfia, que foram mal montado em uma estrutura de arame precária com o que parece ser algo como cola epóxi. Achei que só o que parece ser a menor parte da inscrição. É dolorosamente óbvio que há muito menos objeto em que o presente momento não havia os exames de Montgomery . E o lado esquerdo do crânio parece estar em mau estado.
Montgomery's comentou sobre o que ele poderia salvar do crânio da Filadélfia indicam que o texto se referia a "espíritos" e "Liliths", no plural. In this period, high infant and birthing-mother mortality rates were attributed to Lilith demons, who were thought to roam the earth looking for pregnant women and newborn infants to attack. Neste período, existiam alto índices de mortalidade de bebês e mães que foram atribuídos a demônios Lilith, pensei que estavam a percorrer a terra à procura de mulheres grávidas e recém-nascidos para atacar. Lilith, naturalmente, surge mais tarde, no período medieval, como a mitológica primeira esposa de Adão, que se recusou a ser subserviente a ele. Mas o motivo da 'diaba', que anda a terra à procura de recém-nascidos para devorar tem suas raízes em tradições muito antigas na Mesopotâmia e persistem ao longo da história.
Além do crânio da Filadélfia , Montgomery mencionou dois outros crânios no Museu de Berlim que ele não foi capaz de analisar. Notei um adicional no crânio do Museu de Berlim, existem efectivamente três, e não duas, espécimes ali. Os textos em duas das três são extremamente fragmentada. Um texto fragmentário, porém, registra o nome do poderoso e sinistro demônio Yaror, o chamado "demônio do despacho" conhecido de outros textos de magia. Esse crânio também contém um desenho de uma vinculados demônio, não desiguais para os números ocasionalmente encontrada nas tigelas de encantamentos. Talvez este seja o próprio Yaror .
Um dos crânios do Museu de Berlim, no entanto, tem um texto mais extenso. Peças de 16 linhas, sobreviveram. O texto menciona o filho e neto de Lilith, sete anjos e Gabriel. Uma parte do texto que é difícil de interpretar alguém menciona que "come e não está cheia ... [que] não bebe e está intoxicado ... [e que] é lesado e não liberados [significado incerto]." Isso pode remeter para um insaciável demônio (o neto de Lilith), ou pode ser uma descrição de qualquer reclamação do cliente ou uma descrição do que essa magia se destina a infligir sobre o seu inimigo. A raridade deste tipo de texto e à dificuldade de leitura é que significa que teremos de aguardar o aparecimento de mais material para verificar qual destas possibilidades é a mais provável.
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Não é fácil para escrever sobre um crânio. A textura da superfície, as suas curvas, saliências e buracos, requer ajustes na escrita que afetam o fluxo do texto e tornam a leitura mais difícil. Isto é certamente verdade do recentemente surgiu a partir do exemplo da coleção de Moussaieff .
Este crânio veio para Moussaieff em duas tigelas que formou um vaso. As tigelas em si não contêm qualquer escrição. Um exame das tigelas me deu a impressão de que eles eram uma parte original e integrante de um único objeto mágico de que o crânio foi a parte principal. Esta é, contudo, especulativo.
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A inscrição no crânio contém muitas das características comunsde tigelas com inscrições magicas . Nós sabemos os nomes de pelo menos algumas das pessoas para quem o crânio com encantamento foi feita. Duas delas são nome comuns judaicos: Marta e Shilta. De acordo com um estudioso, Shilta é derivada de um termo aramaico que significa "depois do nascimento." E o crânio é provavelmente a de uma mulher. Embora as partes de 11 linhas de texto tenham sobrevivido, é difícil fazer muito sentido daquilo que permanece. O texto encontra-se rodeado por uma linha de rabiscos, um elemento comum entre tigelas de encantamentos.
O texto, no entanto, é apenas uma parte do mistério. Continua a iludir questões básicas: Por que um crânio? Eu não tenho resposta certa. Que tão poucos exemplos existem, em comparação com o grande número de taças, sugere que o uso de crânios para textos de encantamentos foram raras. O Judaísmo, naturalmente, tem muitos tabus em relação restos humanos. Mesmo tocando um cadáver transmite impureza. Necromancia é proibido 5 (embora tenha sido, obviamente, muitas vezes praticada). Talvez o crânio foi utilizado para estes textos, pois pensava-se que os espíritos dos mortos, para que crânios estão obviamente ligados, ter acesso ao reino sobrenatural.
No final, este crânio e seu texto permanece misterioso, revelando infelizmente menos do que ocultam.