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Aramaico é a designação que recebem os diferentes dialetos de um idioma com alfabeto próprio e com uma história de mais de três mil anos, utilizado por povos que habitavam o Oriente Médio. Foi a língua administrativa e religiosa de diversos impérios da Antiguidade, além de ser o idioma original de muitas partes dos livros bíblicos de Daniel e Esdras, assim como do Talmude.
Pertencendo à família de línguas afro-asiáticas, é classificada no subgrupo das línguas semíticas, à qual também pertencem a língua árabe e o hebraico.
O aramaico foi, possivelmente, a língua falada por Jesus e ainda hoje é a língua materna de algumas pequenas comunidades no Oriente Médio, especialmente no interior da Síria; e sua longevidade se deve ao fato de ser escrito e falado pelos aldeões cristãos que durante milênios habitavam as cidades ao norte de Damasco, capital da Síria, entre elas reconhecidamente os vilarejos de Maalula e Yabrud, esse último "onde Yeshua o Messias hospedou-se por 3 dias" além dessas outras aldeias da Mesopotâmia reconhecidamente católicas por onde o Messias passou , como Tur'Abdin ao sul da Turquia, fizeram com que o aramaico chegasse intacto até os dias de hoje.
No inicio do século passado, devido a perseguições políticas e religiosas, milhares desses cristãos fugiram para o ocidente onde ainda hoje restam poucas centenas, vivendo nos Estados Unidos da América, na Europa e na América do Sul e que curiosamente falam e escrevem fluentemente o idioma falado por Yeshua o Messias.
Distribuição geográfica
Durante o século XII a.C., os arameus, os originais falantes do aramaico, começaram a se estabelecer em grande número nas regiões onde atualmente situam-se a Síria, o Iraque e a Turquia oriental. Adquirindo importância, passou a ser falado por toda a costa Mediterrânea do Levante. A partir do século VII, o aramaico, que era utilizado como língua franca no Oriente Médio foi substituído pela Língua árabe. Entretanto, o aramaico continua sendo usado, literária e liturgicamente, entre os judeus e alguns cristãos. Guerras e dissensões políticas nos dois últimos séculos ocasionaram a dispersão de inúmeros indivíduos que se utilizam do aramaico como língua materna pelo mundo.
Datas importantes
A história do aramaico pode ser dividida em três períodos:
Arcaico 1100 a.C.–200 D.C.), incluindo:
O Aramaico Bíblico do Hebraico.
O Aramaico de Jesus.
O Aramaico dos Targums.
Aramaico Médio (200–1200), incluindo:
Língua Siríaca literária.
O Aramaico do Talmude e do Midrashim.
Aramaico Moderno (1200–presente
(Classificação baseada na de Klaus Beyer Referências bibliográficas: Beyer*).
O Aramaico Nabateano
é a língua do Reino Árabe de Petra. O reino (c. 200 A.C. – 106 D.C.) compreendia a área entre a margem leste do Rio Jordão, a Península do Sinai e o norte da Arábia. Talvez por causa da importância do comércio das caravanas, os Nabateanos começaram a preferir a usar o Aramaico ao Velho Árabe do Norte. O dialeto é baseado no Aquemênido com um pouco de influência do Árabe: o 'l' freqüentemente se transforma em 'n' e há algumas poucas palavras tomadas do Árabe. Algumas inscrições Aramaicas Nabateanas existem dos dias mais antigos desse reino, mas a maioria é dos primeiros quatro séculos d.C. A língua é grafada em escrita cursiva, que é a precursora do Alfabeto Árabe moderno. O número de palavras emprestadas do Árabe aumentou através dos séculos, até que, no século IV, o Nabateano se fundiu definitivamente com o Árabe.
O Aramaico Palmireno é o dialeto que se usava na cidade de Palmira no Deserto Sírio, de 44 a.C. até 274 d.C. Era grafada em escrita arredondada, que mais tarde originou a escrita cursiva. Como o Nabateano, o Palmireno foi influenciado pelo Árabe, mas em um grau menor.
O Aramaico Arsácido era a língua oficial do Império Parto (247 a.C.–224d.C.). Ela, mais que qualquer outro dialeto pós-Aquemênido, continua a tradição de Dario I. Naquele tempo, no entanto, ela ficou sob a influência do Aramaico contemporâneo falado, do Georgeano do Persa. Após a conquista dos Partos sobre os Sassânidos, que falavam Persa, a Arsácida externou uma influência considerável sobre a nova língua oficial.
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