segunda-feira, 16 de abril de 2012

Nyudraá Traduz / Traduções de Línguas Antigas

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domingo, 1 de abril de 2012

Significados dos Nomes IA e EL na Cultura Semita



Apesar de aparecerem diversas vezes na composição dos nomes, esses 
dois nomes IA e EL revestem-se de um significado muito especial. Podíamos 
traduzí-los como "Deus", mas essa não seria a realidade do significado dessas 
palavras. 
            IA ou IAH e EL ou IL eram os nomes de divindades Assírio-Babilônicas e 
originalmente tinham um significado muito especial para esse povo. 
           A palavra IA em sua forma moderna: ђia, significa VIDA e tem o mesmo 
radical filológico de EVA (ђwa). Já a palavra EL ou IL, em sua forma moderna: 
ђil significa ENERGIA. 
           Assim essas duas divindades na verdade indicavam o início do Universo 
(Energia) e o início da Vida. Os povos Assírios e entre eles incluímos todos 
aqueles que  se utilizavam da língua Assíria, tinham a forte convicção  de que o 
deus primordial era todo Energia e de sua energia criou o Universo que nada mais 
é do que a transformação ou manifestação da energia em matéria e vida. 
           É interessante notar que a palavra que indica o nome de Deus nas línguas 
Semitas é a composição dessas duas, assim, temos: 

ALÅHÅ (em Aramaico) = El + Iah 
ALAH  (em Árabe) = El + Iah 
ELOHIM (em  Hebraico) = El + Iah + im (im é  indicação de plural). 


               Mais interessante ainda é observar que em Hebraico, a forma utilizada é 
sempre plural, como se se referisse a dois deuses: EL e IAH, enquanto que os 
Assírios  utilizavam apenas IL e os Cananeus, IAH. Já os Arameus utilizavam 
ALAHA querendo com isso significar que Deus é  Energia e Vida juntas, porém 
nunca na forma gramatical dual ( plural para par) ou plural (terminação IN ou 
AIA), assim é que não  se fala: ALÅHIN ou ALAHAIA mas sempre ALAHA e 
isso, até  hoje, nas  regiões onde ainda se fala esse idioma (ver Apêndice 3) e nas 
igrejas e congregações religiosas em que esse idioma é empregado como língua 
sacra. 
               Os Israelitas e os Judeus, como tivessem importado esses termos, 
utilizaram-nos no sentido politeísta, como se EL e IA (ou IAH) fossem deuses 
isolados  e, quando aos poucos foram se tornando henoteistas, também  
amalgamaram ambos os termos num só, tal como os demais Semitas porém,

talvez, por lhes não ser original a idéia do henoteismo, ou mesmo do 
monoteísmo, deram-lhe a forma gramatical plural e escreveram o Gênesis 
chamando Deus por  deuses: ELOHIM, sendo "im"  a terminação plural 
masculina, dando assim a impressão de se tratar de mais que um deus.  
 Ainda com relação ao nome de Deus, os judeus, a partir de seu retorno do 
exílio da Babilônia, passaram a pronunciar a palavra ELOHIM como se estivesse 
grafado ADONAI, alegando que ELOHIM é um termo impronunciável por ser o 
nome do Altíssimo e não poderia ser proferido por lábios impuros como do ser 
humano e com isso estariam invocando Deus por “Nosso Senhor”. 
 Ora, ADONAI gramaticalmente é um substantivo masculino plural com o 
pronome possessivo indicador da primeira pessoa do  plural. A forma singular 
decomposta é: 
ADON + i (adoni) que significa meu senhor; e ADONAI é a forma de “Meus 
Senhores” (no plural). Talvez, a idéia de que ELOHIM sempre foi plural para os 
judeus tenha suas raízes na influência das religiões do Egito que dominaram a 
Palestina e Canaã diversas vezes e depois fosse reforçada pela influência dos 
gregos e romanos, que como se sabe possuiam uma miríade de divindades e 
semidivindades.


Fonte: http://www.igrejasiriansantamaria.org.br